Ao menos 14 gestantes morreram devido à gripe suína no país, diz Ministério da Saúde
da Folha Online
Entre 25 de abril e 1º de agosto, 2.959 pessoas contraíram a gripe suína --a gripe A (H1N1)-- no Brasil, sendo que 844 (28,5%) evoluíram para casos graves da doença. Segundo balanço divulgado nesta quarta-feira pelo Ministério da Saúde, dos pacientes em estado grave, 96 morreram --de acordo com dados contabilizados junto às secretarias estaduais de Saúde até 30 de julho.
A maioria dos pacientes que morreu em consequência do vírus era mulher --52 de 96--, sendo que, deste total, 14 eram gestantes.
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"Gestação e doenças cardíacas e neurológicas são os principais fatores de risco para óbito, entre os casos de SRAG [síndrome respiratória aguda grave] infectados pelo novo vírus", afirmou o Ministério da Saúde em nota.
Segundo o governo, nos casos graves de pessoas infectadas com ao menos um fator de risco, a letalidade foi de 23,5%, enquanto que nos pacientes sem nenhum fator de risco a letalidade foi de 8,9%.
São considerados fatores de risco: gestação, idade menor que 2 e maior que 60 anos; doenças que debilitam o sistema imunológico (defesas do organismo), como câncer e Aids; ou que tomam regularmente medicamentos que debilitam o sistema imunológico; e doenças crônicas preexistentes, como problemas cardíacos (como arritmias), pulmonares (exemplos: bronquite e asma), renais (pessoas que fazem hemodiálise, por exemplo) e sanguíneos (como anemia e hemofilia); diabetes, hipertensão e obesidade mórbida.
Rio
No Rio, o secretário estadual de Saúde, Sérgio Côrtes, anunciou nesta quarta-feira que nos próximos dias todas as grávidas que apresentarem sintomas de gripe suína serão submetidas a exames para identificar a presença do vírus causador da doença. Antes disso, apenas as pacientes com casos graves passavam por exames para detectar a gripe.
O objetivo da medida é prevenir mortes entre gestantes em consequência da doença. Das 19 pessoas que morreram no Estado em decorrência da gripe suína, ao menos cinco estavam grávidas.
"A partir de agora, vamos fazer exames em todas as gestantes que estiverem com suspeitas de gripe. Essas grávidas serão medicadas imediatamente com o antiviral. Se o teste para detectar o vírus H1N1 der negativo ela não vai precisar fazer o tratamento completo porque ainda não se sabe quais são os efeitos adversos do medicamento em gestantes", disse Côrtes, durante reunião com médicos e pesquisadores de universidades e órgãos ligados à Saúde, no centro do Rio.
Arte/Folha | ||
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