Dezenas de médicos são investigados por morte de Michael Jackson
LOS ANGELES (Reuters) - O secretário de Justiça da Califórnia revelou na quarta-feira que seu gabinete passou dezenas de nomes de médicos, alguns vistos como sendo pseudônimos, por seu banco de dados de receitas médicas, para ajudar a polícia na investigação das causas da morte de Michael Jackson.O secretário da Justiça Jerry Brown disse que seu gabinete não é o órgão principal na investigação sobre a morte súbita de Jackson -papel que assumiu no caso da morte por overdose fatal da modelo da "Playboy" Anna Nicole Smith, em 2007-, mas que estava auxiliando outros órgãos na tentativa de identificar medicamentos vendidos com receita médica que podem ter causado a morte do rei do pop.
"Já encontramos algumas coisas, mas ainda é cedo" para dar detalhes, disse Brown à Reuters.
O gabinete de Brown monitora todas as transações com receitas médicas na Califórnia, usando um banco de dados que inclui os nomes de todos os médicos, pacientes, medicamentos e quantidades.
Ele disse que seus investigadores receberam da polícia, que investiga a morte súbita de Jackson, "dúzias" de nomes de médicos para passar por seu sistema, mas que considera-se que alguns dos nomes são pseudônimos.
As descobertas podem ser usadas para demonstrar que "houve medicamentos em quantidades e caráter que, combinados, são letais", o que, em conjunção com a autópsia oficial, pode levar os investigadores a determinar exatamente o que matou o cantor de 50 anos.
Brown se negou a dizer se acha que podem ser feitas acusações de homicídio doloso ou culposo no caso, mas que esses tipos de crimes não podem ser descartados "sempre que se tem um morto e substâncias químicas em grande quantidade".
Jackson morreu no dia 25 de junho na mansão alugada em que estava vivendo em Los Angeles, depois de sofrer parada cardíaca. Os resultados oficiais da autópsia ainda não foram divulgados, enquanto são aguardados os resultados dos exames toxicológicos, mas circulam especulações amplas sobre o uso de medicamentos por Jackson.
Na terça-feira um funcionário do instituto médico legal de Los Angeles foi ao consultório do Dr. Arnold Klein, dermatologista que cuidou de Jackson por muito tempo, para obter os registros médicos do cantor, como parte de sua investigação.